BÊBADO
Leandro de Araújo
Ébrio e sedento
Quero beber-te o sumo
Até a última gota
Então embriagar-me
Fazer minhas pernas
Bambas e trêmulas
Perderem o rumo
Sentir dobrar os joelhos
Teu álcool é doce
E escorre em mim
Garganta adentro
Incendeia a chama
Teu cheiro é meu
Etílico de ti sou eu
Bêbado e feliz fico
Sorrindo na sarjeta
És meu vício bom
Quero mais uma dose
De cálice em cálice
Vou sorver-te toda
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