OPINIÃO 111 - Maradona e as drogas

A drogadição não é um lazer. Assim como o alcoolismo e o tabagismo, é uma doença. Uma doença grave. As pessoas lidam com a depressão, doença silenciosa e mortal, de maneiras diferentes. Algumas conseguem procurar ajuda, tratamento. Outros não têm a mesma sorte e podem chegar a extremos como o suicídio ou a drogadição. O suicídio é irremediável, o fim da linha. As drogas, nesses casos, não são um recreativo, são alentos. Efêmeros, destruidores, mas ainda assim alentos.

É diferente do amiguinho que se reúne com a galera para fumar sua maconha na praça no final de semana. O uso de drogas quando vira doença, ou quando é consequência de uma, acontece para aliviar sintomas e sentimentos. Se soma a outros males que já existiam, fazendo com que a pessoa fique ainda mais fragilizada. O que era um ser humano com problemas psicoemocionais, passa a ser alguém que também tem problemas físicos.

O fato disso ter acontecido com alguém poderoso como o Maradona só serve para nos mostrar o quanto somos falhos e vulneráveis. Humanos, para simplificar. Temos que aprender com isso. Não podemos ceder a arrogância de achar que somos melhores. Que isso está longe de nós.

Então, meus queridos, tenho duas sugestões para vocês:

- Revisitem sua consciência e observem as pessoas que estão ao seu redor. Vejam quantos poderiam se tornar vítimas da drogadição por causa de problemas emocionais. Vão perceber que não são poucos.

- Se ainda assim vocês se considerarem acima destes problemas, não sendo suscetíveis ou próximos a fraquezas e falhas, podem continuar com o discurso de crítica, se colocando alheios às fragilidades humanas. Afinal, apesar da aura divina, Maradona era apenas um ser humano.

De cá, sigo torcendo pela saúde e felicidade de cada um de vocês.