Hoje cedo vi no Facebook a mensagem de uma pessoa execrando uma postagem que falava sobre a ajuda de R$120,00 que o governo dá a uma pessoa que vivia na extrema pobreza. Sua justificativa era bem clara e direta: "O que posso dizer se tudo que conquistei foi com o suor do meu trabalho?". Alguns posts atrás, esta mesma pessoa compartilhava mensagens religiosas que pregavam a caridade, o amor ao próximo e a bondade.
Sofismas à parte, fico me perguntando onde vai todo esse amor ao próximo quando estamos em período eleitoral. Todo o amor cristão, toda caridade espírita e toda a fraternidade evangélica vão para o ralo quando o que está em jogo é o poder político. É o pobre que se ferre, o bandido que morra e a minha verdade que prevaleça diante de todas as demais. Amor, só ao partido; caridade é populista e irmandade só com os correligionários. Os demais são monstros demoníacos que devem queimar no mármore do inferno dos "não eleitos".
Coisas de um país imaturo politicamente, que aprendeu o que é democracia anteontem e a votar ontem. No Rio Grande do Sul, onde tudo acaba em grenalização, é ainda pior, porque aprendemos que adversários políticos são inimigos de morte que devem ser esmagados e cujos argumentos devem ser trucidados antes que convençam alguém do contrário daquilo que EU acredito.
E VIVA A DEMOCRACIA!
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