BARROCO
Leandro de Araújo
Deveríamos idolatrar
apenas quem nos idolatra.
Sorrir a quem nos sorri.
Aplaudir os que nos aplaudem.
Não deveríamos - jamais! -
oferecer flores àqueles que
pisam em nossos jardins,
sob pena de, quem sabe,
sequer restar um jardim
para chamar de nosso.
Contudo, fomos educados
a ser gentis até àqueles que
nos ferem sem gentileza alguma.
Oferecemos luz e calor a quem
friamente nos deixa na escuridão
apenas para se divertir.
Somos pérolas irregulares.
Joias sem lapidação.
Flores despetaladas em um
malmequer cujo fim inevitável
é uma flor que perdeu a cor.
Somos a dualidade triste daqueles
que dão sem esperar receber.
E que no fim, nada recebem.
Leandro de Araújo
Deveríamos idolatrar
apenas quem nos idolatra.
Sorrir a quem nos sorri.
Aplaudir os que nos aplaudem.
Não deveríamos - jamais! -
oferecer flores àqueles que
pisam em nossos jardins,
sob pena de, quem sabe,
sequer restar um jardim
para chamar de nosso.
Contudo, fomos educados
a ser gentis até àqueles que
nos ferem sem gentileza alguma.
Oferecemos luz e calor a quem
friamente nos deixa na escuridão
apenas para se divertir.
Somos pérolas irregulares.
Joias sem lapidação.
Flores despetaladas em um
malmequer cujo fim inevitável
é uma flor que perdeu a cor.
Somos a dualidade triste daqueles
que dão sem esperar receber.
E que no fim, nada recebem.
Nota do Autor: Este poema faz referência à brincadeira popular "bem-me-quer, malmequer", onde se despetala uma flor para descobrir se um amor é correspondido. A cada pétala, alterna-se a frase. O "fim inevitável" do malmequer no poema é o momento em que a última pétala cai e o veredito é o do desamor.
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