Leandro de Araújo
Ele está lá...
No final da jornada.
Dourado. Cintilante. Iluminado.
Momento de alegria extrema!
Gritos, lágrimas, euforia.
Celebrar, sorrir, abraçar.
O prêmio!
Ganhará um lugar especial
Onde irá envelhecer.
Viverá mais do que nós?
Talvez...
Mas certamente, por alguns anos,
Estará em uma vitrine juntando pó.
Vencer...
Não é o mesmo que o prêmio.
Porque vitória não depende de prêmio.
Ela, a vitória, não representa o fim da jornada,
É o caminho percorrido até lá.
Vencer é renunciar, sofrer, doar-se.
É parar de andar para incentivar
Alguém a continuar, mesmo que isso
Represente acabar ficando para trás.
É abrir mão da própria felicidade
Para ver o colega de time
Ter a chance de ser feliz.
A vitória não fica na vitrine,
Não brilha, pois é suja, suada.
Seria iluminada? Que nada!
Seguidamente está na escuridão,
Insegura, chorando, sangrando até...
Ser vitorioso não envelhece ou junta pó.
E mesmo que não traga o prêmio
Vencer é aquilo que
Deixa marcas no coração
De quem percorreu o caminho.
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