Ontem, 26/03/2013,
minha esposa, meu filho e eu tivemos à tarde umas horinhas para dar uma volta
na capital gaúcha e resolvemos ir até a Usina do Gasômetro para ver se havia
alguma programação especial alusiva ao aniversário da Capital. Ficamos bastante
surpresos pelo fato de que, além não haver nada de espacial em um espaço tão
legal, encontramos a área principal da Usina vazia, suja e com uma aparência de
abandono. Com exceção do Café do cinema PF Gastal e as exposições fotográficas,
tudo muito triste.
Não nos damos por
vencidos e resolvemos dar uma volta no entorno. Fomos dar uma olhada no Guaíba
e quando chegamos próximo à parte de trás da Usina concluímos que deveríamos ir
embora, pois dois homens vendiam drogas, com clientela farta, em plena luz do
dia e a céu aberto. Ao entramos no carro uma viatura da Guarda Municipal estava
ao lado da Usina, com dois guardas muito tranquilos.
E assim tivemos
que recorrer ao que o mundo do Capital nos impõe. Entramos no carro e fomos a
um shopping, lugar onde havia segurança, higiene e opções de entretenimento.
Nestas horas tenho
a sensação que o mundo nos empurra ao consumo, pois os lugares públicos que
deveriam oferecer cultura, segurança e conforto, aparentemente são abandonados
com o objetivo de recorrermos, obrigatoriamente, aos Shoppings.
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O abandono e precariedade dos espaços públicos (praças, escolas, hospitais, etc.) é o triste retrato do descaso do Estado para com o contribuinte. Este, entra ano e sai ano, segue sendo extorquido a cada declaração para o "leão". Pagamos por um Estado lerdo, mastodôntico, incompetente e pouco confiável. Cada vez mais os espaços outrora públicos vão sendo privatizados, oferecendo uma - às vezes - falsa sensação de segurança e conforto. Ganha o "capital", enquanto o Poder Público, feito Pilatos, lava as mãos. Abraço meu eterno amigo.
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